Professores de Odonto do Instagram, Face, Periscope, Snapchat… Donos de contas lotadas de seguidores nas redes sociais também são formadores de opinião sobre assuntos científicos. Qual o problema? O problema é a triagem dessas informações que nem sempre é bem feita, conceitos errados são postados e depois são lidos, curtidos, repostados, e por aí vai..
Na semana passada uma aluna me marcou em uma postagem onde uma colega dizia que cárie é uma doença contagiosa. E muitas curtidas (fora os que leram e não curtiram) e mensagens de estímulo do tipo “Show, amiga! Vou repassar.”
Vejam bem… O conhecimento atual da doença deixou essa história de que cárie é transmissível para trás! A cárie é uma doença complexa na sua etiopatogenia e muito material de qualidade é produzido nessa área hoje em dia por Professores brasileiros.
Querem uma dica para ter informações super confiáveis sobre o assunto nas redes sociais? Sugiro que sigam as páginas no Facebook da Sociedade Brasileira de Cariologia e do pessoal da UERJ: Crescer Sorrindo. Sob o olhar de dois renomados Professores, Jayme Cury e Branca Vieira, as páginas sempre postam informações científicas COM as devidas referências para você ir até o artigo e conferir, analisar, criticar… Ou seja: estudar!

Creio que na pressa de sair postando todo dia para não diminuir a frequência de postagens, pegam qualquer coisa em qualquer livrou ou site e.. PAAAAH!
Postam conceitos errados e ultrapassados contribuindo mais ainda para a confusão de informações!
Acho bacana a comunicação, interação, fotos bonitas, selfies felizes, mensagens positivas e divulgação do trabalho. É isso aí,moçada!!!
Mas, POR FAVOR colegas… Na hora de passar informação de cunho científico, melhor avaliar com muito cuidado.
Precisam ter cuidado com a escolha das informações científicas assim como têm com as cores e estampas dos jalecos. Aí sim, vai ficar show!!! 😉
Adorei a referência ao Crescer Sorrindo, Adriana. Obrigada! Parabéns pelo trabalho de popularização cientifica que você está fazendo por aqui também !
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Muito obrigada pelo apoio e atenção, Branca!! Eu sou fã do trabalho de vcs… Bj
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Olá Léia, isso não é aplicado para a doença cárie pq as bactérias envolvidas nesse processo existem normalmente em bocas sem a doença. Está comprovado cientificamente que não é transmissível. “Pegar cárie” não deve ser motivo para as pessoas não se beijarem 🙂
Obg pela sua participação!
Gd abç
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Ainda mais que o complexo de bactéria envolvida..não é uma bactéria relacionada a doença…é um grupo bem extenso de bactérias… e não é uma infeccção em tecido vascularizado como uma infeccção pulmonar, dermatológica etc…inicia no esmalte… E isso muda tudo… a formação da placa é bem complexa, não é igual algumas doenças que tem uma única bactéria específica que é transmitida e se o hospedeiro não “der conta” ele fica doente…
Realmente a cárie não deve ser considerada transmissível… Seria mais fácil transmitir sacarose no beijo que é algo específico depois de comer um brigadeiro rsrsrsrsrsrsrs
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Pois é Juliano. A complexidade da doença é responsável por particularidades que precisam de uma análise mais cuidadosa.
Nese caso, o brigadeiro deveria mesmo ser até mais temido que bactéria… hehehe
abç!
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Parabéns Adriana pela postagem. Como eu disse na minha conferência sexta passada no CIOSP sobre “Porque cárie NÃO PODE e NÃO DEVE ser considerada uma doença infecciosa e transmissível”?: 1) NÃO PODE pq não atende os critérios para ser assim conceituada e (2) NÃO DEVE pq sendo equivocadamente conceituada incita a utilização de medidas inadequadas para o seu controle, como o uso de antibacterianos ou vacina, indicados para doenças assim categorizadas, mas há pior, (3) NÃO PODE e NÃO DEVE pq enseja atitudes desumanas, “não assoprar ou experimentar a comida do bebê”, “beijo transmite cárie”, etc
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Caro Professor Jaime, o senhor é uma referência como pesquisador e como professor que milita na divulgação da Odontologia baseada em Evidências. Sou sua fã e seu comentário aqui me alegra e incentiva! E vamos seguindo nessa trilha!!!
Muito obrigada! Gd abç
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Juliano me desculpe a intromissão, mas não é a cárie que é transmissível, e sim a bactéria, ou as bactérias, aliás não se usa o termo bactéria e sim microrganismo, minha pergunta ainda é pertinente, e pelo que entendi aos que me explicaram, os microrganismos existentes na cárie ( ou no biofilme – placas bacterianas), não são transmissíveis, por exemplo, pelo beijo? E o Streptococus mutans por exemplo?
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