Claro que todo Odontopediatra precisa estudar e entender aspectos do comportamento infantil! É uma das atribuições básicas da Especialidade. Precisamos saber um pouco de psicologia para avaliar a criança, empregar adequadamente as técnicas de manejo comportamental e, por fim, conduzir o tratamento com sucesso! 🙂 . No entanto, caros colegas, não somos psicólogos nem de longe!!!
Estou tocando nesse tema pq outro dia repostei um link sobre psicologia infantil na minha página do Facebook e uma colega levantou um ponto extremamente importante: muitos dentistas “fecham diagnóstico” para a criança: birrenta, manhosa, distante, fechada, agressiva e por aí vai… Só que, como também mencionou a colega, o comportamento que foge a média esperada pode ser parte de uma alteração comportamental mais séria. :O
Opa! Vamos lá…
O comportamento infantil não pode ser julgado de forma imediatista e muitas reações podem estar claramente indicando uma desordem com caráter neurobiológico. O Odontopediatra precisa ficar atento, mas o diagnóstico do paciente, seja ele orgânico ou ambiental, deve ser feito por outros profissionais. Psicólogos, psiquiatras e neurologistas são capacitados para fazer o diagnóstico e, pode estar nas nossa mãos a oportunidade para indicar a criança p essas avaliações.
Assunto que pode ser bem delicado p abordar com algumas famílias, mas que deve ser encarado como uma questão de saúde e que faz parte da nossa responsabilidade alertar. A resistência de muitos cuidadores em relação para buscar um diagnostico preciso sobre o comportamento do filho, precisa ser encarado com compreensão e empatia antes de qualquer outro sentimento. Mas, no meu ponto de vista, o profissionalismo deve ser imperativo e as suas percepções deverão ser expostas. De forma tranquila, segura e imparcial!
Mas como saber, por exemplo, se o comportamento de uma criança tem ou não traços de outras alterações? Bem, nesse ponto sugiro que o odontopediatra lance mão de instrumentos validados que podem ser apresentados para os pais, e que também tenham uma referência profissional para fazer a indicação.
Vou exemplificar com uma condição específica, porque gosto deste tema e é até frequente (pelo menos no relato da mãe… ) nos consultórios. Me refiro ao TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) , que parece estar “na moda” mas que precisa de grande atenção e estudo da nossa parte. Nem toda criança cheia de energia e tb as sem limites, tem TDAH. Mas isso tb é objeto de confusão por parte dos leigos nessa denominação…
Dica: olhem essa página: hhttps://www.facebook.com/academiadotdah/
No caso de suspeita dessa condição (suspeita grosseira: deixo claro que não tenho expertise para nenhum diagnóstico!) Utilizo um questionário que está disponibilizado no site da ABDA (Associação Brasileira do Déficit de Atenção): clique aqui para ver o questionário
“O questionário é denominado SNAP-IV e foi construído a partir dos sintomas do Manual de Diagnóstico e Estatística – IV Edição (DSM-IV) da Associação Americana de Psiquiátrica. Os responsáveis também pode imprimir e levar para o professor preencher na escola. Esta é a tradução validada pelo GEDA – Grupo de Estudos do Déficit de Atenção da UFRJ e pelo Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência da UFRGS”
E se o colega pesquisar sobre assuntos relacionados ao comportamento infantil, vai encontrar outros trabalhos que mencionam alterações importantes e que precisam ser cuidadas.
Olhem esse artigo sobre transtornos de ansiedade na infância e adolescência: Assessment and treatment of anxiety disorders in children and adolescents. Obviamente, sendo um artigo de revisão (não sistemática), tem um nível de evidência baixa, mas é de acesso livre (galera reclama qdo referencio artigo fechado… rs) e traz informações genéricas para vcs se informarem sobre o assunto… Na revisão, os autores pontuam que a ansiedade é o transtorno mais frequente nessa faixa etária. ☹
Depois do diagnóstico correto, a criança poderá desenvolver suas habilidades de forma adequada e, consequentemente, atingir sua potencialidade plena!
Felicidade para todos, não?
E quem disse que esse primeiro olhar cuidadoso não pode vir do Odontopediatra? 😉
No mais, deixo aqui meus votos que 2019 seja um ano super bacana para todos nós, com muitas metas alcançadas e projetos iniciados!
Minha agenda para esse ano já está linda: cheia de compromissos que certamente me trarão muitos momentos incríveis!
E #vamoquevamo 😀

Parabéns ! Muito bem escrito.
Não só o odontopediatra mas os cirurgiões dentistas se posicionam , com o direito de fazer diagnósticos psicológicos dos pacientes!!!
Felicidade à você !!!!😍🌹
Enviado do meu iPhone
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Muito obg pela gentileza, Rosana!! Felicidades p todos nós!
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Perfeito!!!!
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Obg, Giovana!! Gd abç! 🙂
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Parabéns!! Gosto muito dos seus textos, bem escritos e com embasamento científico.
Desejo muito participar de um curso seu.
Abraço.
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Muito obg pelo carinho e incentivo, Carla!
❤ Sim, certamente estaremos juntas em algum curso qqr hora dessa. Gd abç!!
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Muito bom.
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Muito obg pela gentileza, Margareth! Abç! 🙂
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Adorei Dri! Como sempre muito bem escrito e explicado! Feliz 2019 😘
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Que bom que gostou, Lore!! Obg!! ❤ Bjão p vcs… :*
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Querida amiga Adriana , competente Odontopediatra que respeito e admiro 🍀❤️
Parabéns pela excelente matéria 👏👏. Ela vem corroborar a importância da Atenção Transdisciplinar na Clinica de Odontopediatria , com uma visão ampliada da Criança , onde iremos unir os saberes das diferentes especialidades na área da Saúde , buscando a Saúde Integral da Criança . O Odontopediatra pode e deve ser o início de diagnósticos precoces … Assim fazemos a diferença . Aproveito para lhe desejar um Ano de 2019 maravilhoso , com Paz , Vida e Saúde . Bjus com carinho ❤️🙌🍀
Lucia Coutinho Odontopediatra
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Muito obg, querida Lúcia!! Fico feliz com seu comentário positivo e que reforça nosso empenho na valorização da Especialidade. Bjs e felicidades p vcs!!
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Adriana, muito bom o texto! Estou adorando os textos aqui no seu blog! 🙂 Obrigada por compartilhar o seu conhecimento! Uma pergunta, esse questionário da Associação Brasileira do Déficit de Atenção, pode ser aplicado a partir de qual idade?
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